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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Por que eu sei que é amor ...


Me propus definir amor.. Sei que é uma tarefa árdua, mas sempre gostei de desafios.

Primeiro, selecionei alguém, era necessário haver alguém para me inspirar nas palavras e nos sentimentos.

Era ele, com aquele jeito que mexe comigo, como aqueles olhos que me desvendam, com aquela boca que me troca de dimensão e me eleva a alturas inconcebíveis.
Tinha de ser ele, o destino já dizia, coube a nós consentir.
E fluiu o sentimento. Era a faísca do todo.

Então surgiu, algo diferente, envolvente e marcante, mas ainda não era amor. Quem sabe paixão? Quem sabe armadilha do coração? Só sei que era bom e eu me entregava em momentos ínfimos e sentia uma paz interior tão grande que dominava o meu ser e já não encontrava mais ar nos pulmões, a emoção era tanta que ele decidia se retirar, quem sabe para dar lugar ao amor?

Mais uma tentativa, o coração pulsava forte, o cheiro impregnava em meu corpo, o anseio já era o principal sentimento. A descoberta do novo, a vontade do desconhecido, a entrega para alguém.
Mas ainda não era amor.

A saudade é tanta que dói, machuca, faz o peito entrar em crise, a razão sucumbir.
O desejo é tanto, que mais uma vez a razão se esvai, e mais uma vez o peito chora quando o ser amado se vai.
O amor é tanto, que todas as palavras utilizadas para definí-lo não são capazes de exemplificar o tamanho do todo, era por isso que não era amor.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010


Continuo sem inspiração, pra não deixar de postar, segue um belo poema.

Fanatismo

{ Livro de Soror Saudade, Poemas }

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida…
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

“Tudo no mundo é frágil, tudo passa…”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!…”

Florbela Espanca - Livro de Soror Saudade