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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O que não se pode explicar aos normais..



Sempre acreditei que para a existência do amor não era necessário ter um contexto para o sentimento acontecer. Não tinha uma idade que pudesse ser considerada ideal, não era madura o suficiente para ter um relacionamento, mas já era humana o suficiente para amar.
Tinha 12 anos, estava na época de transição da fase infantil para a adolescência. Época de descobertas e de autodefinição. Conhecia um menino há bastante tempo e num momento especial comecei a demonstrar interesse por ele.
Estava em um acampamento em Santa Bárbara, um grupo de amigos foram conosco, ficamos alguns dias no local. As brincadeiras eram constantes, a diversão inevitável e a proximidade entre nós foi uma simples fatalidade.
Logo após o acampamento continuamos nos vendo, encontros muito casuais e o meu sentimento multiplicava-se cada vez mais. Muitas vezes tentei me aproximar dele, mas pouquíssimas surtiram o efeito desejado.
Existiram muitos diálogos entre nós e em alguns deles eu enfatizava esse sentimento que possuía, mas ele insistia na idéia de prosseguirmos com a amizade. Como já dizia o ditado: " Quando dois não querem, dois não brigam." e não foi diferente em minha história.
Aquele foi, talvez, o meu mais doce amor, tudo bem, assumo que ele era platônico mas foi exatamente por isso que ele me marcou tanto.
Hoje, após alguns anos, pecebemo que o ser idealizado não era tudo o que eu esperava, descobri que tal idealização ocorreu baseada em mim. Eu o via como um espelho que refletia o que eu era e como todo ser humano busca uma pessoa identica a si próprio, eu havia encontrado a minha suposta metade da laranja.
Continuamos amigos até hoje e muitas vezes nos divertimos relembrando este fato. Mas admito algo, aquele foi o melhor amor que já senti, o amor próprio.

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